Desde a criação da ração para animais, por volta de XVII, na França, o produto passou por diversas transformações. Segundo registros, sua consistência era como uma pasta que misturava migalhas de pão com pedaços de carne e posteriormente tornou-se o que conhecemos hoje.
No ano de 1781, uma enciclopédia foi publicada, onde apresentava a prática da extração do fígado, coração e sangue de veado. Ainda assim, fazia-se uma mistura destes órgãos com leite, queijo e pão. Seu objetivo era produzir um alimento para ser comercializado como uma “ração” específica para os cachorros.
Com a chegada de tecnologias e novas necessidades dos animais, o surgimento dos alimentos úmidos ganharam destaque. Suas diferenças estão focadas no processamento e ingredientes.
Os produtos úmidos são esterilizados em autoclaves, possibilitando maior conservação e utilização de ingredientes com elevada umidade, como as fontes de proteínas (miúdos de suínos, miúdos de aves, carne bovina, carne mecanicamente separada de peixe e carne de frango).
Além disso, diferentemente dos alimentos secos extrusados (ração comercial), alimentos úmidos possuem baixo percentual de carboidratos. Consequentemente, o alimento se torna mais palatável devido a sua proximidade ao aspecto da caça, estritamente ligado ao instinto animal.
Processo de produção
Os produtos wet são basicamente alimentos úmidos produzidos a partir da moagem de carnes. Para a fábrica, é necessária uma estrutura de frigorífico, uma vez que para que o processo tenha uma qualidade, as carnes precisam ser armazenadas da melhor forma possível.
Quando o assunto é a produção, podemos destacar, simplificadamente, o processo que consiste em moer, emulsificar, cozinhar, envasar e enviar para a autoclave, onde irá ocorrer a esterilização.
Os produtos wet demandam um projeto altamente interligado focando sempre nos padrões sanitários e no reaproveitamento da água.
O principal objetivo do desenvolvimento desse processo de produção é evitar pontos de proliferação de bactérias, uma vez que sua matéria prima é um produto 100% orgânico.
Para isso, a utilização de água para esse processo é inevitável, criando assim, a necessidade de um projeto focado, também, no reaproveitamento desse recurso natural.
Como solução para esse processo, é possível utilizar circuitos fechados de circulação de água através de torres de resfriamento e implantando sistemas de tratamento que já coletam a água usada em processo e a retorna para o uso.
Entre as opções disponíveis para reaproveitamento, destacamos então a Osmose Reversa, normalmente feitas por ETEs e a purificação por filtragem e exposição de raios UV.